O projecto visa realizar investigações e recriações contemporâneas dirigidas por jovens mulheres de manifestações artísticas que ocorreram durante o processo de libertação colonial nos países africanos de língua oficial portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) e em Timor-Leste, bem como nas lutas anti-fascismo ocorridas em Portugal.
O processo será feito em cruzamentos criativos de forma que uma manifestação cultural de um dos países seja recriada por uma directora de um outro país parceiro.
O projecto será desenvolvido por meio da criação de claustros locais que se constituirão afiliados e identificarão as investigadoras e as artistas e coordenarão a produção local das obras recriadas.
Há ainda a intenção de reforçar os circuitos de circulação artística entre os sete países que compõem o projecto, por meio da realização de uma tournée física, uma exposição itinerante, a gravação e divulgação das obras produzidas e a criação de um repositório – um Museu Virtual da resistência dos Países de Expressão Portuguesa, contendo as formas de expressão pesquisadas e outras que, entretanto, possam vir a enriquecer esse património.
Este projecto está ainda alinhado com o Plano de Acção de Género (2016-2020) da União Europeia, contribuindo especialmente para a prioridade temática Direitos Económicos, Sociais e Culturais – objetivos 13 (igualdade de acesso de raparigas e mulheres a educação de qualidade e educação técnica e profissional) e 14 (acesso a emprego decente para mulheres de todas as idades), e finalmente, também está em linha com a Estratégia da Cooperação Portuguesa para a Igualdade de Género, que nota que “os papeis sociais e as condições para a autonomia de homens e mulheres são construídos a partir de factores de socialização associados ao respeito por valores partilhados”.
Projeto apoiado pelo PROCULTURA, financiado pela União Europeia em Moçambique, cofinanciado e gerido pelo Camões, I.P.